domingo, 15 de agosto de 2010

Fábula

Há algum tempo publiquei esta fábula, sobre os instrumentos musicais e seu "direito de manifestação". Estive relendo os artigos antigos e resolvi publicá-la novamente. 
Tenham boa semana, leitores. Para os que não sabem, sou professora de música e toco teclado e piano. Abraço a todos! 


Um dia se reuniram os instrumentos musicais: violino, viola,  violoncelo, contrabaixo acústico e eletrônico, teclado e piano, sax, flauta, clarinete, oboé, cajon, prato, carrilhão ...
Começaram a conversar:
- Olá, viola. Tudo bem? Já aprenderam seu nome? -  e o violino ria ironicamente. A viola é parecida com o violino, como sabem, mas é maior e o som é um pouco mais grave.
- Não, mas continuo tentando ensinar, com a ajuda de meu amigo.
 O violoncelo apenas olhou, superior. Todos o conhecem.
O contrabaixo acústico fez uma outra observação:
- Colega, disse ao eletrônico, e você já voltou a falar?
- Nem fale, respondeu o baixo eletrônico, visivelmente estressado.
O piano olhou para o teclado e não disse nada, mas todos sabiam que faria a mesma observação.
Violino, viola, violoncelo, sax, flauta, oboé riram discretamente. O cajon deu uma tossidinha, o carrilhão tilintou.
- Sempre estamos bem das cordas vocais, mesmo os que não têm cordas. - disse o sax.
- Vou fazer um manifesto na minha página do orkut, disse o teclado. - E eu, uma promoção. E criarei também uma comunidade, associou-se o baixo eletrônico.
Mais tarde surgiu dessa reunião uma nova Declaração de Direitos, essa dos instrumentos, com artigos como:
Todos são iguais perante o maestro.
Todos têm liberdade de manifestação até onde a batuta permitir.
A tirania contra os instrumentos eletrônicos será combatida em todas as sociedades.
Apenas o instrumentista, abaixo do maestro, fará crescendos, diminuendos e pausas (principalmente).

Pessoal, creio que esta postagem apenas os instrumentistas de eletrônicos vão entender. Mas leiam este versículo para conclusão e tenham uma boa semana, sem estresse.

"O coração alegre serve de bom remédio." (Provérbios)





5 comentários:

  1. Oi amigaaaa!
    Obrigado pelo teu comentário, gostei muito. A minha filha é um presente de Deus. Vou qualquer hora mandar pro Mulher Adventista o meu testemunho sobre essa espera e também mais tarde posto no meu blog.
    Gosto demais quando me visitas.

    Quanto ao seu post, eu não entendo muito de música...rsrsrs...tens razão quando dissestes que apenas os instrumentistas entenderiam...rsrsrs...pois não sei se entendi perfeitamente.

    Um grande beijo e uma semana de muitas bençãos pra você e toda sua família.
    Gostei da foto!!! Família de músicos, parabéns!
    Mas

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  2. Celinaaaa....entendiiiii melhor agora, reli a fábula e entendiiii....rsrsrs.
    Da primeira vez não tinha me "ligado", mas agora entendi bem.
    Beijoooo, gostei...rsrsrs.

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  3. Quer dizer que essa fábula é conhecida em várias regiões... Recebi um comentário de uma amiga do RJ também. Rs.

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  4. Escrevi esta "Fábula" depois de um incidente na ampliação sonora dos instrumentos eletrônicos na banda em que participo.
    Mas, lendo o blog Compartilhando bênção, li este pensamento, postado primeiramente pela Tarciana Soares:
    "Se você se descobrir amando qualquer prazer mais do que suas orações, qualquer livro mais do que a bíblia, qualquer casa mais do que a casa de Deus, qualquer mesa, mais do que a mesa do Senhor, qualquer pessoa mais do que a Cristo, qualquer esperança mais do que a expectativa do céu- cuidado!" - Thomas Guthrie

    Ele me lembrou da música "Louvai a Deus", de uma coletânea de hinos jovens do início da década, que diz "Deus é o maestro do céu e do mar/ dele é a glória e todo louvor/ Com alegria, prazer vou cantar/ louvai a Deus com amor."
    Qual a ligação com o pensamento?
    O Maestro, o Mestre de nossas vidas, como cristãos, é Jesus. Nada deve interferir na nossa relação com nosso Mestre, assim como problemas
    de sonorização não devem interferir na nossa música.
    Essa é a interpretação da fábula.
    Celina

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  5. Algum tempo depois, comento: agora tenho também alguma experiência com o time dos instrumentos solistas.
    Bom que não ficamos sem "voz", ainda que seja bem tênue.

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