quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Como me reconheço


Estou reproduzindo aqui o texto publicado pela Norma Emiliano na série "Como me reconheço", que criou no blog Pensando em Família. Grata à Norma pela divulgação da série e pela publicação do meu texto:

Sou a menina de tranças que amava brincar com os irmãos, formando buquês de flores de limoeiro no quintal em Porto Alegre ou organizando a casinha de bonecas na prateleira inferior da mesa de passar roupas,  a mesma menina que começou a frequentar a escola em que a mãe lecionava e atravessava cedo de bonde a cidade para iniciar seus estudos no Grupo Escolar Souza Lobo, na parte norte da cidade.
Sou a menina que gostava de passear no parque da Redenção com a família, mais tarde a jovem que passeava no mesmo parque com o namorado e depois a mãe e avó que leva os filhos e netos para conhecer parques e busca apreciar com o marido os parques e paisagens de cidades diversas. Sou a jovem esposa que conheceu a vida rural visitando os avós do marido no interior do Rio Grande do Sul. Sou a mulher que gostava dos fins de semana no sítio com os filhos e da vida na chácara mais tarde com a família. Sou a idosa que gosta de apreciar o nascer do sol na janela do apartamento e os passeios entre as árvores do bairro.
Sou a estudante que amava estudar e anotava tudo, como as colegas observavam de forma humorística no mural, que se envolveu com interesse nas leituras do curso de Letras e também vivenciou com prazer a música erudita do curso de Piano. Sou a professora que resolveu lecionar mais tarde Língua Portuguesa e Música, depois de desenvolver outra atividade. Sou a professora e a avó que se alegra quando o aluno ou o netinho também se dedica ao estudo e se revela um bom redator ou um bom instrumentista. Sou a idosa que ainda gosta de aprender e que desenvolve a escrita e os relacionamentos na internet.
Sou a escritora de um diário num álbum de papel, que transferiu os registros atuais para os blogs, com a vantagem de obter agora os comentários dos amigos.
Sou a menina que aprendeu piano com a mãe, assim como estudava com ela as lições da Bíblia. Também sou a jovem que gostava de expressar na música instrumental seu louvor na igreja, depois a irmã pianista que também toca violino no instrumental sacro, muitas vezes alegrando-se por estar ao lado de antigos alunos, do esposo e do netinho.
Sou a adolescente que participava de concursos bíblicos, a jovem que apreciava sermões significativos, a idosa que reflete em leituras religiosas junto com o marido todas as manhãs.
Sou a pessoa que olha o passado, atua no presente e pensa no futuro de formas diversas porém familiares. Sou a mulher que  continua atualizando suas experiências antigas enquanto percorre todas as idades”.
Celina




  Esta é a strelítzia, ofertada no encerramento da série pela Norma. Significa elevação e admiração.

4 comentários:

  1. Ontem li e acompanhei na Norma e gostei muito como te vês e te reconheces...Bela participação e fotos! beijos , chica

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  2. Querida Celina,
    um texto precioso; a sua história tem lindos e abençoados capítulos... Certamente, o bom Deus a conduziu/conduz em todo tempo... Há muito brilho e simplicidade nos seus passos, ano após ano...
    Bonita participação!
    O meu carinho e ADMIRAÇÃO...

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  3. Eu que agradeço a você ter aceito o meu desafio e ter se colado de forma tão autêntica e com simplicidade. Lindas as fotos que acrescentou e que não consegui anexar. Meu carinho.

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