Histórias das férias - 3

Esta terceira parte das férias tinha um motivo, além do lazer. Foi uma busca da raízes da minha família. Meu pai nasceu em Penedo, estado de Alagoas.
Mas eu e meus irmãos nascemos no sul, porque lá se casou meu pai, e os familiares que conhecíamos eram quase que somente os do sul, exceto uma prima que passou algum tempo conosco.
Em uma ocasião minhas duas irmãs foram a Penedo e conheceram alguns familiares mas de lá para cá - já fazia alguns anos - não houvera mais comunicação.
A cidade de Penedo é muito linda, banhada pelo rio São Francisco, que passa lá, já próximo da foz. Tem casario colonial, igrejas antigas e convento. É uma cidade pequena e tem um hotel muito bom, com o mesmo nome do rio, mas é difícil conseguir vaga lá, particularmente em janeiro. Assim, ficamos hospedados apenas um dia na cidade. No dia seguinte, seria uma festa religiosa na cidade e não havia lugar no hotel, embora nossa reserva tenha sido feita bem antes.
Logo na tarde de nossa chegada, fomos à rua que tínhamos como endereço da família, rua do Sossego. Chegando lá, mencionamos o número 40, que era o número da casa de meu avô, para um rapaz e perguntamos pelo nome de uma prima que morava na mesma rua. Acredito que por providência divina, o rapaz era meu primo terceiro, neto de minha prima Angelita. Ele nos levou à casa dela, na mesma rua, mas em outro número, pois a casa 40 já fora vendida. Mesmo assim fotografamos essa casa. Ficamos sabendo que minha prima está em tratamento em Maceió, capital do estado, e que só vai para Penedo aos fins de semana, sempre acompanhada por uma filha, a Amanda (mesmo nome de minha filha). Lá na rua do Sossego estavam uma outra filha e o neto, que está em férias, mas cursa Psicologia em Aracaju, capital de outro estado próximo. 
Registramos foto com minha prima Shirley e meu primo Charles e fomos para o hotel.

No dia seguinte, saímos do hotel mas nos dirigimos a uma cidade próxima para um passeio turístico à foz do Rio São Francisco. Fomos de jeep e voltamos de barco à cidade sede da empresa turística que nos levou. Lá deixamos o carro em que estávamos. Vimos um dos mais belos cenários que já admirei - as chamadas Dunas Douradas, no percurso entre Piaçabuçu e a foz do rio. Passamos também por um vilarejo de afrodescentes, que chamamos de quilombolas. São pessoas originárias da África que sobreviveram a um naufrágio na costa e não chegaram a ser escravizadas, então. Passaram desde então a viver ali, perto da foz do rio, em meio às dunas, em casebres de palha, usando água de cacimbas. Atualmente têm uma cooperativa de artesanato, que vendem aos turistas. Compramos algumas peças, que estão aqui em casa agora.
Foi um lindo passeio também ao avistarmos o rio, abaixo das dunas e o mar logo adiante. Voltamos de escuna, como mencionei e vimos várias ilhas no rio.
Almoçamos depois em Piaçabuçu e retornamos até Maceió, onde chegamos no início da noite e nos hospedamos num flat, para descansarmos até o final da viagem. Planejamos visitar no dia seguinte no hospital minha prima em tratamento.
Algumas fotos dessa etapa: