Todas as tardes, o seu Pedro ia para a praça e ali descansava, enquanto esperava o horário do ônibus. Ali encontrava o seu Antonio, que saía do trabalho no mesmo horário e também precisava esperar o horário da condução. Trocavam ideias sobre o tempo, a família, o serviço...
Um dia, seu Pedro não encontrou ali seu Antonio e soube que a empresa dele tinha colocado os empregados para trabalharem em casa. Achou estranho mas percebeu a causa e no dia seguinte isso aconteceu também com ele.
Passaram-se três meses, primeiro voltou seu Antonio ao banco, depois seu Pedro, mas de máscara. Não podiam quase conversar e ficavam mais distantes.
Depois seu Pedro ficou ausente um mês, voltou mais quieto ainda.
Hoje só ficam sentados olhando o tempo e pensando quanto tempo mais ficarão assim, sentados em extremidades opostas do banco.
Espero um final feliz para a história e creio que está bem mais próximo. Bom ano a todos!
Linda inspiração, Celina! Tomara essa vacina chegue de verdade aqui no Brasil.Precisamos dela pra liberdade ter! Obrigadao,bjs,chica
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