Até hoje ele não gosta de que se lembre essa ocasião, em que adoeceu por contágio de um companheiro de trabalho .
Eu tinha 20 anos, cursava os últimos anos da faculdade, namorava o Claudio desde 19, era meu primeiro namorado e estava pretendendo casar logo com ele e agora sabia desse problema de saúde. E, umas duas semanas depois de saber disso, tive outra notícia: ele estava hospitalizado e a única forma de tratamento era a cirurgia, pois o tratamento com remédios (que já começara há mais tempo) não estava tendo resposta. Contei em casa e a reação foi a pior possível - tuberculose mata, você quer ficar viúva logo após o casamento? Termine logo com esse namoro.
Evidentemente que não terminei o namoro, porque sou teimosa, e penso com meu próprio cérebro até hoje. Pelo contrário, ia visitar o Claudio no hospital, embora contra a posição de meus familiares, e sérios problemas abalaram minha vida de estudante tranquila.
Enfim, ele passou 6 meses no hospital, trocando correspondência comigo (que meu cunhado que trabalhava no centro da cidade transportava), fez uma cirurgia em que retirou um segmento do pulmão, da qual hoje resta apenas uma pequena sequela, continuou trabalhando, aposentou-se há dez anos, por tempo de serviço, casamos no fim daquele ano em que esteve hospitalizado e hoje estamos próximos de 40 anos de casamento.
Mas durante esses quarenta anos, a exemplo do primeiro grande problema que tivemos, e que relatei aqui, houve outros, do mesmo gênero. Uns dez anos depois o Claudio teve outra doença infecciosa e infelizmente deixou de ser admitido numa empresa pública, pois perdeu o prazo; depois passou por uma cirurgia de abdômen que devia ter durado meia hora e demorou algumas horas (lembro-me de ter orado muito quando soube que a cirurgia programada inicialmente tinha sido alterada); mais uns dez anos e começou a ter problemas no coração (na época, eu, que sou muito intrometida - é um de meus defeitos e virtudes - pedi uma radiografia do tórax por conta própria, após uma falta de ar prolongada, que não cessou com o uso dos medicamentos recomendados e aí foi descoberta a causa das dificuldades respiratórias - uma doença cardíaca).
A última doença séria que o meu esposo sofreu até hoje- felizmente isso já faz mais de cinco anos - foi um câncer de pele num local que poderia ter atingido rapidamente o pulmão. Como sou bastante insistente também, além de intrometida, ele terminou indo ao médico antes que algum órgão interno fosse atingido e, graças a Deus, conseguiu um tratamento num hospital público ótimo, e perfeitamente a tempo.
Lembrei de tudo isso ontem porque tivemos, sexta-feira e sábado últimos, três palestras de uma psicóloga cristã conhecida nacionalmente, cujo nome não vou citar, pois não tenho permissão para isso. Ela falou sobre vários aspectos da convivência familiar, dirigiu-se primeiro aos jovens, depois a todos, depois em particular para os casais, mostrando as dificuldades que há na vida conjugal, devido às diferenças básicas entre o modo de pensar e agir de homem e mulher.
Por fim, contou a experiência de sua vida, em que teve um ótimo casamento -embora tenha enfrentado problemas gravíssimos - mas que foi interrompido pela morte do esposo. Uma das afirmações da palestrante na conclusão da série de palestras lembrava que a vida é na realidade frágil e curta e cabe a nós torná-la mais agradável para nosso cônjuge. E vice-versa. Por isso, prometemos amor até que a morte nos separe.
Uma reflexão sobre isso pode nos levar a aproveitar melhor os momentos que temos em família, não só com o cônjuge mas também com nossos filhos e netos, enquanto convivendo conosco no lar.
Aprendi também ontem um versículo importante na Bíblia - a Palavra do Senhor a Moisés, prometendo guiar o povo em todas as dificuldades através do deserto: "Eis que eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado." (Êxodo 23:20)
Assim como o povo de Israel, estamos numa caminhada, e, com certeza, há dificuldades, mas a certeza que temos é que Deus proverá sua guia e cuidado também para atravessarmos o deserto - com suas pedras, areia e vento.
Oi Celina amiga vc fechou muito bem seu artigo depois de contar sua historia sobre colocarmos a nossa confiança naquele que é o TODO-PODEROSO que esta acima de TODAS as coisas e TODOS os nomes, podemos louvar por seu amor e cuidado cada dia!!
ResponderExcluirQue possamos descansar nesse deus que dia após di leva as nossas cargas.
Um abraço e uma bel aseman.
Oi amiga querida!
ResponderExcluirNossa, que história de vida emocionante.
Fico feliz que teve esse desfecho, onde o cuidado do Senhor foi soberano, que vc não desistiu de casar com ele e que mesmo com tantos problemas físicos que teve, continua firme e forte.
Amém, que Deus seja louvado pela vida de vocês!
Olha, 40 anos de casados é uma vida hein...que o Senhor continue os abençoando e os usando na Sua obra.
Beijos carinhosos.
Amém, Cida.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário.
Celina
Oi Celina
ResponderExcluirLindo testemunho esse, apesar das enfermidades, você continuou firme com o seu esposo, crendo no plano de Deus para vocês, 40 anos de casamento é uma bênção, que o Senhor continue abençoando vocês ricamente. Um forte abraço.
Olá amiga!!
ResponderExcluirSim, coloquei o vídeo e logo lembrei de vc e do seu pedido.
Obrigada por fazê-lo.
Qto a sua postagem, eu creio que já havia comentado, não me lembro de ter perdido o comentário qdo postei.
Mas eu vejo q é tão valoroso qdo compartilhamos experiências de nossa vida, isto edifica as pessoas.
Vejo que tens uma família de ouro e q são firmados na rocha q é Jesus. Essa é a diferença.
Parabéns,
beijos
Suely