sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O vendedor de guarda-chuvas

Choveu em boa parte do Brasil no último fim de semana e queríamos passear na beira da praia, mas a chuva nos impedia. O rapaz percebeu isso diretamente do outro lado da rua, isto é, no calçadão perto do mar e veio até nós, oferecendo guarda-chuvas para comprar.
Já tínhamos um, mas, para nós três passearmos, era necessário mais um, no mínimo, e nos propusemos a adquiri-lo. Enquanto meu marido trocava o dinheiro, o rapaz conversava conosco sobre amenidades e na volta decidimos a comprar mais um guarda-chuva.

Caminhamos uns dez metros, já usando a nova aquisição, e nos dirigindo para o semáforo, para atravessar a avenida, quando nos abordou novamente o mesmo vendedor. Queria mostrar alguns chaveiros para lembrança do passeio. Meu esposo comentou que ele não perdia tempo e ouvimos a resposta, que nos impressionou:
- Mesmo trabalhando nos chamam de ladrão, imagine se não trabalhar!
Cremos que ele devia morar numa favela, o que é comum na cidade que visitávamos, e que se dirigia ao  centro e à área turística todos os dias para vender produtos aos visitantes e mesmo aos cidadãos locais que passassem.  Logicamente muitos dos moradores daquela área, apelidados de "bacanas", olham com desdém e desconfiança aqueles que vêm de outro meio, e principalmente com preconceito.
Vender guarda-chuvas, ganhar pouco, vestir-se modestamente, morar no subúrbio ou num bairro pobre, tudo isso é motivo de preconceito. Essa é uma atitude que nos leva a julgar pela aparência, pela origem, desprezando qualquer qualidade que possa ser vista no outro.
O próprio Cristo foi visto com preconceito por ter vivido em Nazaré. Disse Natanael: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Foi o já discípulo Filipe que respondeu: "Vem e vê". (João 1:46) Natanael abandonou o preconceito e tornou-se também discípulo.
Façamos como Natanael, procurando sempre olhar com olhos isentos de preconceito. Faremos muitas descobertas agradáveis.

6 comentários:

  1. Celina,

    Neste último fds (feriadão) tb foi de chuvas no litoral paranaense.

    Gostei muito do seu texto, realmente existe muita discriminação, devido a insegurança que todos vivem. Muita coisa precisa ser mudada em nosso país.

    beijos
    Su

    ResponderExcluir
  2. Olá Celina,
    realmente o preconceito é algo que nos cerca e devemos combater.Deus não olha nossa aparência mas vê o coração, devemos agir dessa forma sempre...
    Grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. oi Celina paz
    lindo trabalho o de vendedor.
    um ótimo domingo amiga bjs

    ResponderExcluir
  4. Oi Celina!
    É mesmo querida, precisamos nos despir de qualquer preconceito. Jesus sofreu isso!
    Gostei da história do vendedor de guarda-chuva.
    Você sempre tirando belas lições de vida de tudo. Que bom!!!
    Mas que chique esse passeio... vocês são demais!
    Beijinhos.

    ResponderExcluir
  5. Olá Celina

    Gostei muito dessa história verídica, realmente precisamos tirar do nosso meio o preconceito que prejudica muito. Tenha um lindo dia. Bjs

    ResponderExcluir
  6. UAU! que postagem gostosa de ler, rsrs... saudades de passar por aqui Celina, estou retornando à blogosfera, rsrs... gostei muito da história... saudades da praia, etc... e você só viajando com o maridão e o netão, né? isso aí, aproveita querida... outro dia passei pelo seu esposo, não o cumprimentei pois eu estava num carro e ele noutro, rs... mas, o reconheci... Fica com Deus e nos livremos dos preconceitos... ABRAÇÃO!!

    ResponderExcluir

Seu comentário é bem-vindo.