terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Escolhas definitivas

Estava hoje fazendo ginástica numa academia ao ar livre perto de minha casa e vi, passando pelo local, um rapaz muito simpático e  que chamava a atenção por uma particularidade: trazia um ornamento na orelha  - um anel de plástico preto de uns quatro centímetros de diâmetro incrustrado no lóbulo. É comum ver-se esse tipo de ornamento em indígenas -  pela televisão, nas revistas ou em ilustrações. Quando lecionava em uma escola pública já vi muitos piercings em jovens, mas nada como esse enfeite diferente que vi hoje.
Quando o vi, pensei que, no momento em que aquele rapaz estiver mais velho, vai-se se sentir desconfortável, talvez até com baixa autoestima, devido a ter a orelha definitivamente deformada.
Meu neto me contou de uma foto que viu em um site de um jovem com várias tatuagens, cada uma com o nome de uma mulher, sendo que três estavam cortadas por um X e uma quarta aparecia sem rasura. É que a cada nova namorada resolvia comemorar o amor que julgava eterno com uma tatuagem, que depois deveria ser substituída por outra, mas, na impossibilidade, era cortada por dois traços que se cruzavam.
Assim como o ornamento que deformou a orelha e as tatuagens que vão tomando o corpo do rapaz sempre apaixonado por uma nova moça, há outras escolhas das quais podemos mais tarde nos arrepender.
Há a escolha de um par para a vida, que deve ser muito cuidadosa - porque, mesmo com a possibilidade de separação, há consequências de uma união fracassada que nunca desaparecem, como o trauma nos filhos e mesmo nos cônjuges com as situações domésticas desagradáveis ou mesmo de violência e com a necessidade de um distanciamento e reinício de vida.
Há a escolha da alimentação, que pode nos tornar saudáveis ou debilitados, pode mesmo afetar a saúde cardíaca ou de outros órgãos.
Há a escolha de usar ou não drogas lícitas ou ilícitas, que, se usadas, formarão um hábito e depois um vício, mesmo, do qual é muito difícil se livrar. Conheço, por exemplo, um senhor que já foi submetido a duas angioplastias e não consegue se libertar do vício de beber e fumar, mesmo sabendo do risco de morte que corre. Conheço, também, uma senhora já idosa, que mora com a filha e não se liberta do vício de fumar - fuma escondida dos netos à noite.
Assim, todo o cuidado é pouco em nossas escolhas e, em tudo isso, mostra-se verdade o versículo:
"Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." Provérbios 14:12
A propósito, isso pareceu tão importante ao sábio autor inspirado, que repetiu mais uma vez:
"Há caminho que parece direto ao homem, mas afinal são caminhos de morte." Provérbios 16:25


Um comentário:

  1. Celina, que ótima reflexão!
    Deus dá ao homem essa liberdade de escolha, o livre arbítrio, cabe a nós fazer as melhores escolhas, sempre pedindo sabedoria a Deus porque muitas escolhas são realmente definitivas.
    Gostei muito da reflexão!
    Abraço

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