domingo, 6 de outubro de 2013

Quando eu era criança

Neste mês da criança, vou recordar primeiro do meu tempo de criança.
Das histórias que minha mãe contava à mesa do café para mim e meus irmãos, em que as princesas eram as princesas da época.
Das histórias da Bíblia, que estudava sempre à noite com a família e dos concursos bíblicos na igreja. (Ainda participo de concursos bíblicos, agora na internet.)
Das brincadeiras de boneca, em que a parte inferior de uma mesa utilizada para passar roupa era repartida igualmente entre minhas casinhas de boneca e a de minha irmã. A casinha tinha sala, quartos, cozinha. (Hoje minha neta brinca de vestir as bonecas na internet.)
Das minhas idas pontuais no bonde à escola na zona norte (eu morava próximo à zona sul de Porto Alegre), o Grupo Escolar Souza Lobo, acompanhada de minha mãe, que era professora na mesma escola.
De minha ansiedade no primeiro dia da escola e da minha adaptação em sala de aula - no primeiro dia confundi a carteira com a cadeira e coloquei na armação da cadeira minha pasta escolar. (Depois a professora Alice me ajudou a conhecer o lugar próprio na carteira.)
De meu entusiasmo pelas aulas de artes - ficava triste quando chovia muito e não podia ir às aulas ou quando D. Lélia faltava à escola.
De minha mudança para o Instituto de Educação, anexo próximo à minha casa quando minha mãe se aposentou.
De minha dificuldade para me adaptar sozinha na nova escola. Da Biblioteca, das canções e hinos pátrios em fileira antes de entrar na sala de aula. Das danças gauchescas ensaiadas para as festas escolares. (Eu não participava mas ficava vendo os colegas.)
Do exame de admissão. Que pedagogo colocaria hoje uma criança de dez anos para demonstrar questões matemáticas oralmente com a ajuda do quadro de giz na frente de uma banca de três professores? Da minha satisfação em passar no exame.
Dos décimo-terceiros sábados e dos versos áureos memorizados para apresentar na classe dos adultos. 
Do livro O Saci, de Monteiro Lobato, que ganhei de prêmio pelo primeiro lugar no segundo ano primário.
De As meninas exemplares e outros livros da Condessa de Ségur, que contavam histórias de meninas francesas. Dos livros de Laura Ingalls Wilder, que li no final de minha infância, história verídica de pioneiros nos Estados Unidos. 
Das roupas que minha mãe costurava pessoalmente para irmos à igreja.
De minha avó me penteando, me acompanhando, me cuidando durante a infância. (Ela morava junto conosco e a recordo quando vejo a D. Glenie, sogra de meu filho Alessandro, cumprindo esse papel de avó junto aos quatro netos.)
De minha tia-avó nos visitando nos aniversários e em alguns dias especiais. É a única tia de que me lembro e gostava muito da tia apelidada de Pequenininha.
Dos passeios de carro para visitar essa tia e para ir a outros lugares mesmo em Porto Alegre.
De nossos passeios com os pais ao Parque Farroupilha, um dos locais que mais aprecio na minha cidade natal, geralmente no sábado à tarde.
No Parque Farroupilha















Na Biblioteca do anexo do Instituto de Educação

4 comentários:

  1. Oi Celina!
    Que boneca você hein?
    Hum... é tão bom recordar dos tempos de infância.
    Beijos minha amiga querida.

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  2. Obrigada, Cida!
    Amo suas visitas!
    Celina

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  3. Olá Celina
    Lindas fotos. Lembrei que também quando criança brincava em baixo da mesa de casinha com minha irmã, meu irmão e um amigo nosso, a casa dele era chique demais tinha até mordomo kkkk e a do meu irmão era cheia de criatividade, que momentos preciosos. Bjs querida.

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