Da última vez que ela precisara usá-lo, a médica havia dito que estava vencido.
De fato, consta no cartão uma data: 30.03.14.
Assim, fui à sede do instituto de previdência estadual para verificar o que fazer. Disseram-me que a documentação estava correta e que devia retornar com um comprovante de residência em nome da titular, minha mãe. Consegui este comprovante exatamente como pediram e retornei no dia seguinte.
Ah, ela é aposentada e não pensionista? Neste caso, a questão não se resolvia naquele setor e sim no banco. Pensei em ir à agência bancária dela no centro mas, perguntando ao atendente do balcão de informações, ele me disse que havia uma agência no décimo andar. Fomos lá.
O funcionário do banco me disse exatamente o que eu havia pensado: os bancos resolvem questões financeiras e não atualização de cartões. Voltei ao atendente que pareceu um pouco contrafeito e me mandou de volta ao local inicial, porém com um endereço certo - a mesa seis.
Entretanto, como não consigo furar uma fila, peguei outra senha e fui parar na mesa cinco. A moça neste guichê pareceu um pouco triste, não sei se por ouvir a história de que não estava conseguindo usar o cartão para atender minha mãe ou se porque eu tinha voltado ao setor depois de ser mandada embora. Então, depois de alguns segundos, achou outro destino que não o banco - a agência de atendimento rápido no centro da cidade, na Secretaria da Fazenda. Como recordei que minha mãe é professora aposentada, corrigiu: na Secretaria de Educação.
Lá fomos nós à tarde e a senhora sentada ao balcão, uma professora aposentada que tem outra matrícula ativa (exatamente como eu) identificou-se conosco. Olhou o cartão, imprimiu o cadastro de minha mãe e viu que ela está "ativa", isto é, não houve nenhum motivo para retirá-la do cadastro.Resolveu resolver nosso caso e ligou para a presidência do instituto de previdência. Depois de ser ela mesma não muito bem recebida ao telefone, conseguiu uma informação: devíamos ir à gerência de atendimento, à esquerda da escada e não à direita.
Era só percorrer a rua onde estávamos até o final e chegar ao lugar de onde havíamos saído pela manhã. Aproveitei para fotografar o Viaduto da Avenida Borges de Medeiros - esse o nome da rua e a Praça dos Açorianos, lembrança dos fundadores da cidade.
Tomamos a esquerda depois de falar com outro atendente no balcão, pois havia trocado o turno. Então levamos algum tempo para explicar a história do cartão. Desta vez, um senhor nos atendeu e disse que ali era o local que tratava de internações e que não havia nenhum problema com o cartão. Chamei atenção para a data.
Resolveu abrir o computador. Então imprimiu um papel e foi buscá-lo na outra sala.
Explicou com um ar de vitória: a data impressa no cartão - 30.03.14, não é a data de vencimento, mas sim a de nascimento. Apenas parece ser a de vencimento pois a confundimos com 30.03.2014. Mas significa 30.03.1914, data de nascimento de minha mãe. Assim, basta levar uma prova de vida ao banco a cada ano um mês antes do aniversário e ele continuará válido enquanto ela precisar.
E aqui estão as fotos que tirei na busca da solução para a missão.
Puuuuuuuuxa, que saga! Ainda bem acabou bem e tudo resolvido!!!Mas tua mãe tem tanta idade assim? Fotos lindas! Tu agora em Poa e nós na praia! bjs praianos,chica
ResponderExcluirTem mesmo 102 anos. Qualquer dia posto uma foto. Bjs.
ExcluirBoa praia!
Uau Celina... quanta desinformação pra conseguir resolver algo que no final foi simples.
ResponderExcluirMas fiquei agora de boca aberta... tua mãe já está com 102 anoooossss!!!
Posta mesmo uma foto dela aqui pra nós vermos.
Você já postou ano passado, ou me mandou por e-mail, pois lembro um pouco dela, mas manda outra recente.
Beijos.
Postei agora aqui, Cida!
ExcluirEla está super esquecida devido ao alzheimer e um pouco sonolenta.
O bom é que pareço uma guriazinha perto de mamãe.
Abraço!
Uma trabalheira, hein, ainda bem que tudo foi esclarecido!
ResponderExcluirUma vida bem longeva, Celina!...
Aproveite muito as férias...
Um abraço...
Obrigada, Anete!
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