domingo, 1 de agosto de 2010

Fotos de casamento

Estava pensando em escrever sobre uma foto antiga que achei outro dia (ainda vou publicar essa postagem), mas um acontecimento na semana passada me fez recordar outras fotos.
Soube, através do meu filho Moisés, consternado, da morte num acidente de um amigo dele que eu também conhecia e que, conforme me recordou o Moisés, estivera presente no casamento deste. Fiquei triste, identificando-me com meu filho e com a família do rapaz, que havia assistido uma corrida de motos e, na saída, deixara para trás os colegas e, não se sabe como, perdera o controle da moto, que capotou.
Fui então rever as fotos do casamento do meu caçula, e realmente lá está aquele jovem. No centro da foto está a juíza que presidiu a cerimônia, atrás de uma mesa ornamentada com flores, e, ao lado dela, estão os noivos e vários amigos e familiares. 
Ontem, estava retornando da Asa Norte, próximo do local do acidente que mencionei, quando vi um grupo de rapazes de motocicleta, todos de preto, numa passeata. Pareceu-me um ato em homenagem ao motociclista que se acidentara na outra semana e, quando cheguei em casa, liguei para outra pessoa presente na foto.
Essa pessoa não sabia de que se tratava e falou casualmente que poderia até ser uma homenagem a outro motociclista, já que, devido à imprudência, morrem muitos, embora ele não quisesse dizer isso quanto ao colega.
Perguntei então se estava em casa e continuamos conversando; meu interlocutor respondeu que ficaria mais um pouco no lugar em que estava, e depois iria para casa. E percebi, pelo que me falou, que não estava numa situação segura.
Quantas vezes vemos os erros ou problemas de outras pessoas e não conseguimos ver ou evitar nossos próprios problemas e erros! Quantas perdas devido a erros que poderiam ser evitados!
                                            

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Até aqui nos ajudou o Senhor."

Continuando no tema da última postagem, ao chegar em casa agora uma amiga do blog me motivou a mostrar um balanço geral, digamos. É difícil, porque já são muitos registros (em mais de meio século)  para resumir em algumas linhas.
Mas os registros fotográficos podem me ajudar. São registros da evolução de minha família, ao longo de algumas décadas. E são anos em que Deus nos guiou, para que continuássemos no Caminho. São anos em que nos reunimos com familiares, na cidade de nossa origem, sempre na época do Natal para confraternizar, são anos em que nossos filhos cresceram e formaram por sua vez novas famílias.
Década de 70
Por isso, podemos dizer, como está na Bíblia, que "até aqui nos ajudou o Senhor". (I Sam. 7:12)



Década de 80

Década de 90
Década de 2000

2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

Balanço de meio ano



Geralmente fazemos balanços no final do ano, mas por que não fazer um no meio do ano?
O que resultaria do meu primeiro semestre?
Estou quase completando mais um ano de vida, e chegando ao fim de seis décadas, contabilizando muitas histórias, vivências em várias áreas e em ambientes diferentes.
Neste semestre, cheguei a meia dúzia de netos e cheguei a registrá-los todos juntos numa foto. Estive presente às comemorações de aniversário de 4 deles neste semestre, e ajudei a organizá-las.Minha mãe completou 96 anos e continua conversando conosco, ouvindo e respondendo nossas palavras, estudando a Bíblia e participando da resolução de palavras cruzadas.

Cheguei em paz de uma viagem de 5.000 km aproximadamente. Depois, visitei dois acampamentos de verão e conheci paisagens novas.

Houve um dia em que pude registrar três situações desagradáveis e até mesmo de perigo ou, por outro ângulo, três atendimentos divinos: meu neto caiu do cavalo dele e não houve nenhuma consequência maior, exceto um joelho rapidamente recolocado no lugar por um paramédico da Samu (aliás, muito gentil); eu me perdi no caminho para o hospital aonde o jovem acidentado foi cumprir um protocolo de radiografias e consegui localizar o caminho, ligando para meu filho; quase fui atropelada por uma moto na faixa de pedestres da frente do hospital mas o atropelamento não aconteceu, embora infelizmente o motoqueiro tenha caído (também sem consequências graves).
Tive alguns incidentes em sala de aula, mas na maior parte a convivência foi agradável com meus alunos.
Toquei algumas músicas novas ensaiando na banda da igreja e estudei sobre a saúde nas lições da Bíblia do segundo trimestre. Assisti a dois casamentos de colegas instrumentistas e participei na parte musical dessas cerimônias.
Recebi emails alegres de familiares viajantes e retransmiti essas notícias a outros familiares.
Uma ajudante se despediu do trabalho e aprendi a viver sem ajudante em casa.
Estudei sobre a superfície das figuras planas e dos poliedros e reaprendi fórmulas ao preparar o Lucas para as provas e também ensinei análise sintática e revi elementos sobre a elaboração do trabalho escolar (e repassei a aprendizagem para meus alunos).
Utilizei um blog na escola, alguns alunos acompanharam e comentaram, outros não.
Aprendi um jogo novo no orkut e gostei.
Já foi bastante coisa para um semestre e agradeço a Deus por todas elas.
Espero agora o próximo semestre de bênçãos com tranquilidade.


"Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios."

terça-feira, 25 de maio de 2010

Conselho de mãe

É incrível como as mães têm um sexto sentido para aconselhar os filhos.
Minha mãe mora a 2000 km da minha cidade e é bastante mais velha que eu. Às vezes sua memória não funciona muito bem e não se locomove com facilidade desde uma queda que sofreu, resultando na fratura do fêmur. Entretanto, no domingo me pareceu ótima quando falei com ela.
E seu conselho soou de forma direta para mim. Desde a semana anterior eu estava chateada com dois alunos meus que haviam se comportado de forma muito irreverente na minha última aula. Pedi que fossem suspensos até que os pais deles viessem à escola para tomarem conhecimento do ocorrido.
Liguei para mamãe e ela me perguntou pela escola. Não mencionei o assunto mas ela fez uma observação: " é preciso agir com muita paciência com esses meninos." Passei a considerar o assunto. Ontem lembrei o fato na minha oração matinal. Pedi a Deus para ter paciência. E as aulas ontem foram melhores.
Hoje orei de novo. À tarde o pai de um dos meninos foi à escola antes que ele perdesse a aula de hoje comigo. Disse que o filho reconhecia que agira mal durante a aula e que já fizera recomendações a ele sobre o fato. Assinou um termo de ocorrência e autorizei o aluno a voltar a frequentar as aulas. Ele foi impecável no seu comportamento durante o horário em que estive à frente da turma dele.
Mas o que me impressionou foi o fato de minha mãe falar sobre o assunto sem que eu lhe dissesse nada a respeito. Ela ainda acompanha os acontecimentos dos jornais e creio que  talvez tenha  lido ou ouvido a leitura de alguma notícia sobre o relacionamento entre professores e alunos atualmente. E então deve ter-se preocupado comigo.( E ela continua se preocupando com os filhos, não obstante os problemas de saúde dela mesma. Há alguns anos atrás, tentou proibir minha irmã médica de trabalhar na ala de Psiquiatria de um hospital quando essa minha irmã esteve prestes a ser agredida.)  Isso me lembra a observação de uma senhora que frequenta minha igreja sobre o Dia das Mães: o Dia das Mães é todo dia. E é mesmo. Uma vez mãe, todos os dias são dias para lembrar os filhos e netos e procurar sua felicidade.
No livro de Isaías,  há um verso bíblico que inspira as palavras de um hino conhecido: "Mesmo que uma mãe viesse de seu filho se esquecer, Inda assim não haveria de Me esquecer de ti." É o  fecho que acho adequado para  este post já no final do mês das mães: Isaías 49:15. 

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Oportunidades

Hoje, no intervalo das aulas, ocorreu uma cena inusitada. Uma menina estava tranquilamente sentada no jardim da escola, conversando com as colegas quando alguma coisa lhe ocorreu. Levou a mão ao rosto, quase desmaiou, o sangue escorreu pela face. Um professor a socorreu e levou-a para nossa sala.
Ela havia recebido uma pedrada no rosto. Alguém falou que pessoas de fora do muro da escola haviam jogado pedras. Mas, conforme apuramos em seguida, a pedra veio de dentro da escola e, ao que tudo indica, conforme testemunhas, das mãos de um colega de sala da vítima.
Felizmente, ela parecia bem no final do dia, após voltar do hospital, aonde foi acompanhada por professores e pela direção da escola e após receber pontos no ferimento.
Soubemos que o agressor havia recebido uma oportunidade de continuar na escola após uma transgressão anterior. Há uma cultura atual de oferecer chances de recuperação às pessoas. Estou de pleno acordo com o direito que todos têm de se recuperar.
Entretanto, lembro de outra pessoa que recebeu uma chance, fatal para 6 rapazes assassinados friamente e para o próprio homem que a recebeu, que terminou se suicidando, fatos acontecidos a poucos quilômetros  de onde moro.
A mãe da menina que foi ferida hoje pôde buscá-la, graças a Deus, no final do dia. Mas deve ficar em dúvida sobre a segurança da filha nos próximos dias, quando a vir partindo para a escola, aonde vai para estudar.
Espero que seja oferecida nova chance ao menino agressor, porém longe do grupo do qual faz parte atualmente,  para que ele possa pelo menos refletir nas consequências que as ações trazem e pensar em mudar seu comportamento.  Espero sinceramente que aprenda a conviver em sociedade, e espero também que a escola possa oferecer  um bom ambiente para a formação dos jovens, que lhes dê reais possibilidades de realização como cidadãos na vida profissional e pessoal.

domingo, 11 de abril de 2010

Prosseguindo com firmeza

Há algum tempo eu e marido participamos de alguns conjuntos de louvor na igreja, os quais eu ensaiava, já que sou formada em música. Por alguns anos participamos  de um quarteto (ele cantando, eu ensaiando e fazendo o acompanhamento instrumental). O quarteto é um grupamento vocal masculino com 4 vozes, 1º e 2º tenor, barítono e baixo, da mais aguda para a mais grave. Agora estamos, eu e Claudio,  ambos nos dedicando à música instrumental.
Mas, quando participamos de um quarteto, o barítono na formação original era o sr. Manoel Pena, também professor como eu e apreciador da música religiosa, principalmente da música tradicional adventista.
O Pena, como o chamamos, já naquela época dirigia um outro quarteto - o Musicel. Ficamos ontem sabendo que o quarteto Musicel, cujo nome vem de Música Celeste, antiga canção dos Arautos do Rei, foi fundado há 38 anos pelo nosso antigo barítono, que está presente desde a formação inicial!
Tivemos ontem na nossa igreja a comemoração do aniversário desse quarteto, do qual em outras  formações participaram  alguns cantores da família  Pena e vários outros amigos, inclusive o irmão João Santos, primeiro tenor, falecido recentemente. Soube também que houve um Grupo Masculino com mais vozes também chamado Musicel, e daí se originou o nome atual. 
Agora estão cantando com o irmão Pena o primeiro tenor Admilson, o segundo tenor Edvaldo e o baixo Fernando, que contou ontem como passou a frequentar nossa igreja, após ter participado de uma outra orientação religiosa por longos anos, e de como orou no pátio da igreja, quando ainda havia árvores ali, pedindo a direção divina em suas decisões,  na companhia do fundador do quarteto, numa noite há quase 40 anos.
Na parte da manhã, o quarteto participou com suas canções, que lembram a primeira fase do grupo de cantores Arautos do Rei, na Escola Sabatina (momento de estudo da Bíblia em classes ) e no culto.
À tarde apresentaram uma linda mensagem, com canções em quarteto e com encenação da qual participaram muitos amigos vestindo  a caracterização de herois da Bíblia, como Adão, Abraão, José, Daniel...
Lembraram que esses heróis - como diz o capítulo 11 da carta de Paulo aos Hebreus,  após citar grandes personagens da história sagrada - foram aprovados por Deus porque creram. Mencionaram também o conselho do início do capítulo 12: "Assim nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto deixemos de lado tudo o que nos atrapalha  (...)e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós."
Uma das canções que a congregação cantou ontem foi o hino "Não desistir" ( "Não desistir, Cristo vem logo...")- que muito bem nos lembra a mensagem desse grupo para nós. Em nossos objetivos, quer no trabalho, quer nos estudos, nos esportes, na família, ou na experiência religiosa, vamos lembrar desse belo exemplo de perseverança e fé.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Antiga e nova amiga

Quando eu tinha quinze anos de idade, era o ano de 1965, e eu já gostava de cultivar amizades virtuais. Naquela época, é claro, isso só era possível através dos Correios. E os amigos eram adicionados por acesso a pedidos de amizade em colunas de revistas. Assim conheci a Rilvacy, naquele tempo de sobrenome Alves Dutra. Conversava com ela através de correspondência principalmente sobre nossos estudos e nossas cidades - a minha era Porto Alegre e a dela continua sendo Vitória - e também sobre assuntos religiosos, pelo que me lembro.  Recebi alguns cartões postais em que ela me mostrava lugares interessantes do Espírito Santo. Algum tempo depois, paramos de nos corresponder. Não sei se alguma correspondência foi extraviada, mas o fato é que a comunicação cessou.
Casei, tive filhos, que cresceram, nasceram alguns netos, fui morar numa chácara e um dia consegui instalar a internet no meu endereço. Fiquei feliz e comecei a cultivar novas amizades. Agora, era mais fácil. Entrando em uma comunidade de membros da minha igreja encontrei uma menina sorridente e comecei a conversar com ela. É a Lauziene, atualmente formada e trabalhando na área da saúde no Espírito Santo. Mas só depois de algum tempo descobri em que estado em que ela mora.
(Enquanto isso, passou a frequentar minha igreja um jovem médico, o Rodrigo, também excelente músico, e que fazia residência no hospital local. De vez em quando a família dele vinha visitá-lo.)
Quando descobri onde mora a Lauzi, lembrei-me da Rilvacy e perguntei se ela a conhecia. O nome é raro e só podia ser ela: a Rilvacy Milholi, mãe do Rodrigo citado no parênteses acima,  que, por coincidência, minha outra amiga espiritosantense também conhece da igreja.
E assim agora tenho uma amiga antiga que também é minha nova amiga e que conheço pessoalmente: a Rilvacy, que recentemente fez aniversário e a quem desejo muita felicidade junto com seu esposo, filhos (conheço dois) e com a netinha.
Ah, e ela permitiu que a apresentasse também por imagem na internet.