segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Das coisas loucas

As pessoas costumam fazer coisas sem sentido. Há uns quinze dias, precisei acompanhar meu neto ao cardiologista e, por isso, faltei ao serviço. No dia seguinte, tive de levar o atestado a uma cidade a 40 km de distância de onde eu moro, e no meu horário de expediente, para conseguir uma autorização da equipe médica da empresa para faltar no dia anterior. Consegui a licença para o dia anterior mas cheguei no serviço às 16h45. Aconteceu fato semelhante com um colega: o filho dele sofreu um acidente e a mãe do menino, que também trabalha como professora, pediu ao pai (meu colega) que o levasse ao hospital. Evidentemente ele teve de faltar ao serviço e no outro dia teve de ir ao serviço médico. Só que o filho dele não constava no sistema como dependente dele e então teve de voltar ainda uma vez para provar que é pai da criança, com documentos. São regras criadas pelo homem.
Também uma conhecida minha outro dia esqueceu-se de uma orquestra de 20 pessoas imediatamente atrás dela, grupo  que esperava pacientemente há uma hora, e convocou a congregação para cantar a capella. E não compreendeu por que as pessoas se ressentiram.
Indo ao assunto principal, diz o ditado popular: quem muito fala dá bom dia a cavalo. Vou contar a história de alguém que falou com uma mula.
Na minha igreja toda a semana estudamos uma lição da Bíblia. A lição desta semana, que está em Números 22, conta uma história de loucuras humanas:
Ao se aproximar da terra prometida, o povo de Israel dominou algumas nações que se opunham à sua caminhada. Uma dessas nações era Moabe, e seu rei era Balaque. Esse rei, temendo o povo de Deus, procurou um profeta do próprio povo de Israel para amaldiçoar Israel! É como se alguém buscasse um familiar nosso para fazer um feitiço contra a própria família. E o profeta, por incrível que pareça, terminou indo, embora Deus o advertisse de que só falaria o que fosse permitido. Mas, no caminho, a jumenta dele viu por três vezes um anjo que procurava impedir que Balaão prosseguisse. Este não viu o mesmo anjo e espancou duramente a jumenta. Aí ... a jumenta falou e perguntou por que ele a estava espancando. E, mais louco ainda, Balaão respondeu à jumenta. Parece que não percebeu que era um fato maravilhoso, proveniente de Deus, uma jumenta falar. Pois Deus disse a Balaão que ele poderia ir mas só falaria o que Ele, Jeová, ordenasse. E Balaão continuou (talvez tenha pensado que, na hora, daria um jeito e conseguiria receber o dinheiro de Balaque pelo "feitiço" encomendado).
Mas Deus falou através da boca de Balaão e ficou demonstrado que realmente era uma loucura se opor ao povo de Deus. As profecias que Balaão falou têm, mesmo, um sentido messiânico. Na realidade, Balaão abençoou o povo (e não amaldiçoou como Balaque queria) por três vezes, e por insistência do próprio Balaque. Da primeira vez, disse: "Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Quem contou o pó de Jacó ou enumerou a quarta parte de Israel? Que eu morra a morte dos justos e o meu fim seja como o dele." (Números 23:8 a 10).
Balaque era tão néscio que insistiu em pedir a maldição e Balaão, vendo outra parte do povo, tornou a abençoá-lo, porque falou as palavras de Deus: "Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar. Deus os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel." (Números 23:20 a 23).
Pois Balaque não desistiu. E Balaão, de um outro lugar, abençoou novamente a Israel, pela terceira vez. E aí veio a profecia: "Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete." (Números 24:17)
A estrela que Balaão mencionou é a mesma que os magos do oriente seguiam à época do nascimento de Jesus. Que Deus abra nossos olhos e vejamos as loucuras que fazemos como humanos.  Que a luz de Cristo guie nossa vida e nos permita ver a sabedoria de Deus, nos afastando das coisas néscias.  


Aqui meus netos Mizael e Ana Luísa passeando num cavalinho pelo campo, com o papai por perto. Creio que eles falam com o animalzinho, para agradecer-lhe o passeio, mas não esperam que responda.

domingo, 29 de novembro de 2009

Começando bem a semana


O dia hoje está muito lindo e resolvi iniciar bem o dia e a semana fazendo uma caminhada junto com meu esposo.

Meu neto estava ainda dormindo. Avisei para ele que sairíamos e iríamos fechar a casa. O passeio foi ótimo. Levamos a nossa pequena Pink, uma viralata muito engraçadinha. Fizemos a volta tradicional, passando pelos lotes vazios ao lado do condomínio, e retornamos.

Ao tentar abrir a porta dos fundos, a chave trancou na fechadura. E não saiu de jeito nenhum.

O Claudio, por incrível que pareça, manteve a calma, sem elevar muito a voz, e tentamos chamar nosso neto para que abrisse a porta com a outra chave. Entretanto, já ouviram falar de síndrome do sono profundo atrasado ou algo assim? Ele tem esse sintoma: é impossível acordá-lo muito cedo. Precisa ser sacudido, se quisermos obter êxito.

Lembrei de uma escada existente no condomínio e assim o Claudio subiu até a janela do primeiro andar, que estava aberta, e pulou-a. Correu risco, porque eu é que fiquei segurando a escada.

Tudo terminou bem, mas recomendo: é bom marcar a chave, indicando a porta que abre; nunca tente gestos heroicos, como esse de pular a janela do segundo andar sem a segurança necessária; em alguns casos é melhor chamar o chaveiro.

Concluindo: Dou parabéns ao Claudio, que conseguiu enfrentar a situação sem acordar ninguém nas casas ao lado e sem criar uma tempestade maior do que a que se apresentava.

E, principalmente, agradeço a Deus que o guardou nessa aventura, embora tenha-se arriscado em algum momento.


Final de ano



Este primeiro registro lembra os acontecimentos finais no ciclo do meu ano. Como frequento uma igreja que ama louvar a Deus, sempre há um festival de música no final do ano, em novembro ou em dezembro. Está se realizando neste fim de semana e o título é "Purifica-me". Há quartetos, cantores e cantoras, os grupos da igreja - que dão a marca ao festival e muitos cristãos presentes, mais de quinhentas pessoas na nave da igreja.
Não posso imaginar quantos dessa congregação meditam enquanto cantam ou tocam em instrumentos - como eu - a música tema. Estamos pedindo a Deus, enquanto louvamos: "com fogo vem meu ser ensinar, quero ser santo, purificado por Ti". Isso inclui mudar preferências, modo de reagir, sentimentos ... Inclui dificuldades e até provações nessa aprendizagem.
Que haja uma real reflexão neste final e reinício da nossa contagem dos dias, que se tente uma mudança no modo de viver, para melhor, para maior busca de sabedoria dos céus , para mais paz e harmonia entre os homens.