Às 4h30 (da manhã, sim) um miado seguido de patinhas nas portas dos quartos nos acordou a todos. Na realidade, nós três - eu, meu marido e meu neto - ainda dormíamos na hora em que deveríamos nos aprontar para sair para nosso serviço. Eu e meu neto estamos no serviço ativo cada um num setor, um no início e outra - eu - a dois anos da aposentadoria. Já meu marido fica me apoiando, pois não dirijo há alguns anos. Assim, ficamos agradecidos porque Jack, nosso gatinho, encontrado faz quatro anos pelo meu neto e a namorada dele no motor do carro quando era filhote, está conosco e pôde nos ajudar, não sei se como um agente de um anjo, naquela manhã. Era meu retorno ao serviço após três meses em que precisei ficar em casa, acordando um pouco mais tarde e cuidando da minha saúde. Durante esse tempo, graças a Deus, recuperei minha capacidade de leitura.
Agora, voltamos, meu marido e eu, a enfrentar o trânsito matinal, às vezes mais engarrafado que o comum devido às obras na cidade.
A
escola está diferente, com um grafitti maravilhoso na fachada, mostrando dois
jovens estudantes. Visitei uma horta, com folhas e temperos que são utilizados
na merenda escolar. Lá, a professora da classe especial me mostrou dois
canteiros cultivados pelo aluno dela, deficiente visual, que pode sentir o
crescimento das plantas. A mesma professora hoje mostrou uma bela flor com um
perfume bem forte que encontrou com seu pupilo nos arredores, durante o passeio
matinal. Os alunos estão bastante amistosos e muitos me saudaram gentilmente
pelo meu retorno. Todos os dias olho as condições do clima em Brasília. Neste
início de inverno, o céu está ensolarado e azul e a temperatura baixou de 16
graus para 11 graus hoje. Graças a Deus por tudo que recebemos, inclusive o
abrigo e o agasalho. Que aqueles que precisam desses bens, principalmente nesta
estação fria, tenham nosso apoio e ajuda para minimizar sua carência.