sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vestes de salvação

Como sabem, costumamos estudar na minha igreja lições da Bíblia - e aprecio a função que tenho de coordenadora do estudo em uma classe. Na realidade essas lições devem ser lidas a cada dia, num manual que temos e recapituladas e comentadas durante a classe da escola sabatina.
Poucas lições foram tão criativas quanto as deste trimestre, de abril a junho.
Estamos estudando o simbolismo das vestes na Bíblia. Algumas das lições são sobre roupas que existiram de fato e outras são sobre as vestes usadas como metáforas, figuras de linguagem.
Recordamos as primeiras vestes usadas pelo homem, na narrativa bíblica, as precárias folhas de figueira, substituídas pela roupa confeccionada por Deus de peles de carneiro - em que o sacrifício do carneiro apontava para Cristo.
Relembramos o manto de várias cores de José, o rapaz que foi vítima da inveja dos irmãos, que o venderam para mercadores e levaram o manto para o pai, manchado do sangue de um cordeiro.
E estudamos sobre o manto de Elias, passado para Eliseu, símbolo do poder de Deus, que operou muitos milagres, através desses profetas.
Lemos sobre as vestes especiais dos sacerdotes, relembrando que todos nós temos agora livre acesso à presença do Pai, através de Jesus Cristo,nosso único e verdadeiro intercessor (I Tim. 2:5) Os sacerdotes na época do antigo povo de Israel usavam um peitoral com pedras que simbolizavam as doze tribos pelas quais intercediam. 
Nas últimas lições temos estudado sobre figuras de linguagem que mencionam vestes, como versículos que falam do ninho da águia, simbolizando o cuidado e a misericórdia de Deus, que nos cobre como as asas de uma ave cobre seus filhos,  das vestes de salvação que Deus nos provê, das vestes limpas com que Deus nos reveste.
Esta é a lição desta semana: frequentemente desenvolvemos sentimentos negativos, pensando que nunca atingiremos a vida eterna, porque somos impuros. No livro do profeta Zacarias, é descrita uma visão em que o inimigo aponta e acusa o sumo-sacerdote, dizendo que ele usava vestes sujas, isto é, apresentava a mancha do pecado. Por outro lado Cristo ordena que se vista o sumo-sacerdote com novas roupas, tirando as antigas vestes manchadas.
No Salmo 51, Davi reconhece que é pecador e pede a Deus uma renovação na vida, com um novo coração e uma nova mente. Aí está o que deve ser nosso pensamento: no sentido de  não nos conformarmos com as vestes sujas mas pedir a Deus que nos dê o manto alvíssimo da sua misericórida transformando nossa vida.
"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente." (Romanos 12:2)

sábado, 21 de maio de 2011

Um hino para você: Ajuda hoje alguém

Inspirada na leitura de artigos de alguns blogs cristãos, lembrei do exemplo de Cristo - uma vida pelo próximo e estou postando para vocês este belo hino:
"(...)
Muitos da vida cansados estão
Sim, ajuda hoje alguém.
Muitos procuram obter salvação
Sim, ajuda hoje alguém.


Sim, ajuda hoje alguém.
Demonstra-lhe amor também.
Remove o temor e promove o amor.
Ó sim, ajuda hoje alguém."
(do Hinário Adventista)


Tenham um ótimo sábado e fim de semana.

domingo, 15 de maio de 2011

Até que...

Lembrei ontem do que aconteceu após dois anos de namoro com o Claudio. Um dia, de um momento para o outro, ele me disse que estava doente, com uma das piores doenças conhecidas então. Naquela época, uma das piores doenças conhecidas era a tuberculose.(A outra doença muito temida era o câncer, cujo nome, naquela década de 1970, não era nem mesmo pronunciado, quando alguém o contraía.)O Claudio perdeu o pai muito cedo e teve de trabalhar para ajudar no sustento da família. Por um erro de cálculo, que só recentemente foi reconhecido pela justiça, a mãe, viúva, recebia uma pensão ínfima, embora o falecido esposo tivesse ocupado um posto intermediário na polícia militar do estado. Como era muito frio, e ele trabalhava numa empresa de ônibus, o jovem adquiriu uma gripe, e posteriormente pneumonia, o que facilitou a invasão do organismo pelo chamado bacilo de Koch.
Até hoje ele não gosta  de que se lembre essa ocasião, em que adoeceu por contágio de um companheiro de trabalho .
Eu tinha 20 anos, cursava os últimos anos da faculdade, namorava o Claudio desde 19, era meu primeiro namorado e estava pretendendo casar logo com ele e agora sabia desse problema de saúde. E, umas duas semanas depois de saber disso, tive outra notícia: ele estava hospitalizado e a única forma de tratamento era a cirurgia, pois o tratamento com remédios (que já começara há mais tempo) não estava tendo resposta. Contei em casa e a reação foi a pior possível - tuberculose mata, você quer ficar viúva logo após o casamento? Termine logo com esse namoro.
Evidentemente que não terminei o namoro, porque sou teimosa, e penso com meu próprio cérebro até hoje. Pelo contrário, ia visitar o Claudio no hospital, embora contra a posição de meus familiares, e  sérios problemas abalaram  minha vida de estudante tranquila. 
Enfim, ele passou 6 meses no hospital, trocando correspondência comigo (que meu cunhado que trabalhava no centro da cidade transportava), fez uma cirurgia em que retirou um segmento do pulmão, da qual hoje resta apenas uma pequena sequela, continuou trabalhando, aposentou-se há dez anos, por tempo de serviço, casamos no fim daquele ano em que esteve hospitalizado e hoje estamos próximos de 40 anos de casamento.
Mas durante esses quarenta anos, a exemplo do primeiro grande problema que tivemos, e que relatei aqui, houve outros, do mesmo gênero. Uns dez anos depois o Claudio  teve outra doença infecciosa e infelizmente deixou de ser admitido numa empresa pública, pois perdeu o prazo; depois passou por uma cirurgia de abdômen que devia ter durado meia hora e demorou  algumas horas (lembro-me de ter orado muito quando soube que a cirurgia programada inicialmente tinha sido alterada); mais uns dez anos e começou a ter problemas no coração (na época, eu, que sou muito intrometida - é um de meus defeitos e virtudes - pedi uma radiografia do tórax por conta própria, após uma falta de ar prolongada, que não cessou com o uso dos medicamentos recomendados e aí foi descoberta a causa das dificuldades respiratórias - uma doença cardíaca).
A última doença séria que o meu esposo sofreu até hoje- felizmente isso já faz mais de cinco anos - foi um câncer de pele num local que poderia ter atingido rapidamente o pulmão. Como sou bastante insistente também, além de intrometida, ele terminou indo ao médico antes que algum órgão interno fosse atingido e, graças a Deus, conseguiu um tratamento num hospital público ótimo, e perfeitamente a tempo.
Lembrei de tudo isso ontem porque tivemos, sexta-feira e sábado últimos, três palestras de uma psicóloga cristã conhecida nacionalmente, cujo nome não vou citar, pois não tenho permissão para isso. Ela falou sobre vários aspectos da convivência familiar, dirigiu-se primeiro aos jovens, depois a todos, depois em particular para os casais, mostrando as dificuldades que há na vida conjugal, devido às diferenças básicas entre o modo de pensar e agir de homem e mulher.
Por fim, contou a experiência de sua vida, em que teve um ótimo casamento -embora tenha enfrentado problemas gravíssimos - mas que foi interrompido pela morte do esposo. Uma das afirmações da palestrante na conclusão da série de palestras lembrava que a vida é na realidade frágil e curta e cabe a nós torná-la mais agradável para nosso cônjuge. E vice-versa. Por isso, prometemos amor até que a morte nos separe.  
Uma reflexão sobre isso pode nos levar a aproveitar melhor os momentos que temos em família, não só com o cônjuge mas também com nossos filhos e netos, enquanto convivendo conosco no lar.
Aprendi também ontem um versículo importante na Bíblia - a Palavra do Senhor a Moisés, prometendo guiar o povo em todas as dificuldades através do deserto: "Eis que eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado." (Êxodo 23:20)
Assim como o povo de Israel, estamos numa caminhada, e, com certeza, há dificuldades, mas a certeza que temos é que Deus proverá sua guia e cuidado também para atravessarmos o deserto - com suas pedras, areia e vento.





domingo, 8 de maio de 2011

Momento infantil

No momento infantil do culto de sábado passado, um instrumentista falou para as crianças sobre a música.
Pediu que colocassem a mão no peito para sentir o coração e lembrou que ele tem um ritmo, uma pulsação. Mostrou alguns instrumentos que fazem a base rítmica da banda e eles tocaram uma pequena introdução, bem ritmada, da canção "Descansar" ("Não posso viver pensando no amanhã/ Eu quero é ser feliz./ Dias vêm e vão./Não irei temer/Posso confiar em ti...") 
Depois o percussionista mostrou  instrumentos que são usados em alguns momentos para marcar o ritmo, como o miniganzá, que parece um pequeno ovo de chocolate, que é agitado como um chocalho,  o reco-reco, que tem um nome onomatopaico, parecido com o som que faz ao ser friccionado, e ainda blocos sonoros e uma meia-lua, estes últimos presos a uma máquina de ximbau, que é acionada pelo pé.
O narrador apontou então o maestro, e explicou por que ele movimenta as mãos à frente dos instrumentistas: é para marcar o compasso, o ritmo da música.
Lembrou que Alguém dirige o ritmo do Universo e rege também nossa vida. Quando foi perguntado quem é esse Maestro Divino, algumas crianças responderam que esse Maestro  é Jesus. O narrador lembrou então que, para que tudo vá bem em nossa vida, para sermos felizes, devemos entrar no ritmo que O Maestro do céu dá à música de nossa vida, seguir o Seu comando, que encontramos na Palavra de Deus. Seguiu-se a alegre música "Em família" ("Em família estamos aqui/para ouvir do amor de Jesus/Que sua cruz nos ensine a orar/E a cantar conosco esta canção...")
O momento infantil terminou em dez minutos, mas esperamos que as criancinhas e todos nós que ouvimos  essa ilustração olhemos para O Maestro Jesus e sigamos o ritmo que Ele quer imprimir a nossos passos.

domingo, 1 de maio de 2011

O que mamãe espera no Dia das Mães

É início de maio, início do mês das mães.
No segundo domingo de maio, a mãe é homenageada, lembrada, presenteada.
O comércio, a indústria esperam que se comprem muitos presentes.
É certo que as mães amam presentes, mas o que mais esperam nesse dia que se aproxima?
A mãe de crianças pequenas pode esperar um dia de tranquilidade, em que possa estar apenas acompanhada de seus meninos e do pai deles, quem sabe sem ter de lavar a louça e as roupas e limpar a casa.
A mãe de adolescentes espera que não saiam de casa nesse dia, pelo menos na hora do almoço, e que a acompanhem numa refeição alegre, com conversação alegre e sem temas polêmicos.
A mãe de filhos adultos espera que os mais próximos venham passar o dia ou quem sabe uma hora com ela e que contem histórias e fatos agradáveis. Com certeza quer que tragam os netos, para que todos contemplem nas crianças a graça, a inocência, o futuro e fiquem felizes com isso. E que os que moram mais longe telefonem, mandem cartões, mensagens.
A mãe quer ser lembrada e amada.
Não é isso que diz o conselho bíblico sobre honrar pai e mãe, para que se prolonguem os dias na terra?